A Baixa Idade Média
Nesta parte falaremos da baixa idade média, onde ocorrem as crises do feudalismo e início das primeiras impressões capitalistas.
Primeiramente, após um período de dizimação devido as guerras ou doenças, Europa medieval viveu um relativo período de paz, onde houve intenso crescimento demográfico da população. Com o crescimento demográfico, trabalhadores que serviam ao senhor feudal acabavam por ficarem sem terras, tendo que abandonar ou serem expulsos dos feudos. Não só o s trabalhadores comuns, mas também os nobres os quais não existia terras para dar a todos os nobres.

As Cruzadas

Em 1096 a 1270 os europeus começam uma série de expedições a outras regiões, as chamadas Cruzadas. Estas cruzadas tiveram uma conotação muito religiosa, o qual a igreja, pela fé, conseguia convencer os fiéis a lutarem para conquistar e reconquistar terras dos hereges. Jerusalém foi uma delas, onde sob o domínio dos turcos, em 1096, o papa Urbano II fez com que organizassem uma expedição a fim de retomar Jerusalém, considerada uma terra católica santa. Além da conotação religiosa, a igreja também se preocupava em aumentar o poder da igreja, pois devido ao primeiro cisma do oriente (separação em igreja romana e igreja ortodoxa), o poder havia sido descentralizado por parte da igreja. Junto a isso, os senhores feudais tinham muito interesse nas cruzadas, pois conquistar novas áreas significava novos feudos tanto para nobres, quanto para os servos continuarem a trabalharem, gerando mais recursos.
As cruzadas possibilitaram a reativação do comércio. Pensem comigo: soldados iam para o oriente conquistar terras. Nisso há uma mistura cultural, já que eles acabam lidando com outros povos. Nesses novos lugares existem iguarias que no ocidente quase não existe ou nem sequer viram. Logo, esses soldados retornam ao ocidente com essas mercadorias raras no ocidente para venderem. Obviamente, principalmente por parte da nobreza, compravam essas mercadorias orientais raras. Então, entre uma cruzada e outra eles pegam e vendem ainda mais mercadorias, e mais do que isso, reativam as rotas comerciais via mediterrâneo, pois por mar é bem mais rápido que por terra.
Intensificação Urbana
Após a reativação comercial, começaram a surgir pequenas feiras próximas aos grandes castelos feudais. O crescimento demográfico, faziam com que servos sem terras, vissem no comércio sua único opção de sobrevivência, fazendo que com o tempo estas feiras começassem a crescer bastante, sendo construídas casas em volta dessas feiras, e consequentemente pequenas cidades que iam aumentando, em volta dessas feiras. Com o tempo, algumas pessoas comuns que comerciavam, passavam a se enriquecerem, gerando um novo termo, o burguês. Os servos com terras que trabalhavam para o senhor feudal, viam nas cidades uma maior oportunidade de crescer e gerar lucro, então esses servos abandonavam os feudos e iam para as cidades em busca de uma maior qualidade de vida. Com o tempo, os feudos foram ficando vazios, e consequentemente, a produção de alimentos foi diminuindo. A criação das cidades foi o ponta pé para a crise do feudalismo, pois os comércio fugia desse sistema.
Com o crescimento urbano, e a diminuição da produção nos feudos, o senhor feudal passava a pagar para quem cultivasse em suas terras, ou seja, monetização das obrigações servis. Mesmo alguns voltando e crescendo a produção novamente de alimentos, as cidade chegaram a um ponto bem grande de crescimento. Chamado de Movimento Comunal, as cidades tentavam pagar por sua independência ou lutar por ela, pois até então eram dependentes do senhor feudal, pois ficavam em sua terra.
Junto as pessoas que comercializavam, começaram a surgir os artesões, pessoas que eram especializadas em algum ofício como, por exemplo, metalurgia. Com isso, surgiram as corporações de ofício, uma reunião dos mais variados artesões, visando equilibrar a economia de vendas de cada um ali, para não haver muita concorrência entre um ofício e outro ou até mesmo entre dois artesões do mesmo ofício.
A Formação das Monarquias Nacionais
Com o crescimento burguês, a nobreza via-se perdendo forças. Logo, perceberam que com um poder centralizado no rei, poderiam retomar seu poder de antigamente. Além disso, mesmo a nobreza retomando o poder, a centralização de poder no rei facilitaria os burgueses, devido a padronização de moedas que facilitaria o comercio entre eles, além de enriquecer o reino também devido as tributações. Junto a isso, leis foram criadas para cada nação a fim de controlar a região e concentrar ainda mais o poder, Então, as monarquias nacionais foram feitas a partir de três características principais: Poder( Nobreza), Tributação ( Burguesia), Justiça( Leis).
O Sacro Império e a Igreja Católica Romana
Como já falamos, a igreja católica impulsionou anteriormente, após a morte do último filho de Calor Magno, um sucessor, começando a dinastia capetíngia o qual se ligaram muito a igreja se formando posteriormente o sacro império romano-germânico. A formação de um estado nacional da Alemanha foi dificultado, pois a centralização de poder significava a diminuição de poder por parte igreja. Isso fez com que igreja e imperadores entrassem em crise, tendo que chegar a um consenso. Chamada de Concordata de Worms, criaram um poder espiritual por parte da igreja e um doer temporal ligado ao imperador.
A Monarquia Francesa e Monarquia Inglesa
Após a morte do último filho de Felipe, na França, Calos IV, o inglês Eduardo III, filho de Eduardo II da Inglaterra e Isabel da França, queria reivindicar seu trono. Para que o trono Frances não ficasse nas mãos inglesas, Isabel voltou-se a uma antiga lei, A lei Sálica. Essa lei falava que nenhuma mulher ou sua linhagem poderia assumir o trono, o que tornaria Eduardo III inviável para o trono. Isso fez com que o primo de Carlos IV, Felipe IV fosse coroado rei, dando inicio a uma novo dinastia francesa. Isso gerou conflitos entre a monarquia francesa e a monarquia inglesa. Mais do que uma questão dinástica, o controle sobre a região de Flandres, ( região comercial muito abundante para o comércio) até então território Francês, era algo interessado a monarquia inglesa, sendo mais uma razão para o conflito. Com isso, começou uma guerra entre as duas monarquias, chamadas de Guerra dos Cem Anos. Junto a devastação da guerra, nesse período, houve a chamada Peste Negra , uma doença que devastou ainda mais a Europa. Essa doença veio primeiramente do oriente, e se espalhou facilmente no ocidente devido ao comércio vindo das embarcações navais do mediterrâneo e baixíssima higiene nas cidades, onde a pulga dos ratos nas cidades transmitiam.
A crise do Século XV
Essa crise foi que iniciou a transição da idade média para o mundo moderno. Primeiramente, com as transformações culturais, como construções de universidades o que enriqueciam o conhecimento de várias áreas como a medicina, fez com que se questionasse os princípios católicos que posteriormente desse origem as reformas protestantes.
Com o crescimento comercial, veio o interesse tanto por parte dos burgueses, quanto por parte dos reis de investirem na expansão comercial, chamado de Mercantilismo. E por fim, a centralização do poder, chamado posteriormente de Absolutismo. Com o tempo colocou-se um fim no sistema feudal, iniciando o mundo da Idade Moderna. Essas conceitos de transição falaremos na próxima aula, o qual abordaremos Reformas, Mercantilismo e Absolutismo.
Universo Histórico
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